A eficácia dos recursos fisioterapêuticos no ganho da amplitude de abertura bucal em pacientes com disfunções craniomandibulares








Introdução:

A Articulação Temporomandibular (ATM), componente do sistema estomatognático, tem sido amplamente estudada pelas ciências da saúde, dentre as quais, a fisioterapia. Nota‑se o interesse de conhecer sua biomecânica, os sinais e sintomas que causam seu mau funcionamento, tendo a fisioterapia um papel importante na reabilitação da função dessa articulação e auxiliando no reconhecimento dos componentes envolvidos. A ATM é constituída por várias estruturas internas e externas, como a fosa mandibular do osso temporal, o côndilo da mandíbula, a eminência articular, o disco articular, a cápsula articular, os ligamentos, a membrana sinovial, a vascularização e a inervação
temporomandibular, sendo capaz de realizar movimentos complexos, como abertura, fechamento, protrusão, retrusão e lateralidade da mandíbula.

Qualquer alteração em um dos constituintes articulares e musculares da ATM predispõe ao aparecimento das Disfunções Craniomandibulares (DCM), sendo esse termo utilizado para definir condições adversas que acometem a articulação e os músculos responsáveis pela mastigação. A DCM é caracterizada por vários sinais e sintomas, que incluem dores faciais, limitação  dos movimentos mandibulares, ruídos articulares, dores de cabeça e dores na região cervical. As DCMs são classificadas em musculares, articulares e musculoarticulares. As musculares atingem apenas os músculos responsáveis pela mastigação e do pescoço; as articulares caracterizam-se por distúrbios dentro da articulação e as musculoarticulares acometem a musculatura e a articulação.

Ash et al.11 relataram que 70% dos estudos populacionais incluem pacientes que apresentam um ou mais sinais de distúrbios craniomandibulares e musculares. Cauás et al.12 relataram em seus estudos que a prevalência de DCM foi em mulheres, sendo a faixa etária mais acometida entre 20 e 40 anos de idade. A etiologia da DCM é multifatorial, sendo influenciada por lesões degenerativas ou traumáticas da ATM, fatores psicológicos, problemas esqueléticos, alterações na oclusão e hábitos parafuncionais. Todos esses problemas podem trazer prejuízos e desarmonia para todo o sistema estomatognático, levando ao desequilíbrio da ATM.

Bianchini et al.19 relataram que a principal reclamação dos pacientes foi a presença de dor, sugerindo que esse fator pode ser determinante na redução de amplitude da abertura bucal e da velocidade de fechamento dos movimentos mandibulares durante a fala. Outros fatores que também estão associados à limitação da abertura bucal são os desarranjos internos da ATM ou as desordens na musculatura mastigatória. Segundo Dimitroulis, esses desarranjos internos interferem e restringem a função mandibular, e geram limitação dos movimentos da mandíbula, dificultando assim as atividades da vida diária, como os atos de falar e alimentar-se. Além disso, como mencionado anteriormente, a dor também pode ser um fator limitante da abertura bucal. Vale ressaltar que os limites normais de abertura bucal são de 45‑60 mm para homens e 40-55 mm para mulheres.

Mediante os problemas citados, a fisioterapia, por diversos motivos, tem sido considerada um tratamento opcional para a melhora da abertura bucal em pacientes com DCM, sendo uma terapia relativamente simples, não invasiva e de baixo custo se comparada a outros tratamentos.24 Dentre os recursos mais utilizados, encontram-se os alongamentos musculares, o ultrassom terapêutico, a estimulação elétrica, o biofeedback, a massagem, a mobilização articular e os exercícios, além de diatermia por ondas curtas, estimulação elétrica transcutânea (TENS), iontoforese, laser de baixa intensidade e a acupuntura. A aplicação deste amplo arsenal terapêutico, disponível ao fisioterapeuta, está indicada para alívio da dor, redução da inflamação e do espasmo muscular, melhora da ação muscular e da mobilidade articular, e restauração do equilíbrio músculoesquelético.

Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi identificar a eficácia dos recursos fisioterapêuticos no ganho da amplitude de abertura bucal em pacientes com DCM, por meio de uma revisão de literatura.

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