Saiba o que é o zumbido no ouvido









O zumbido, também conhecido como tinido, tinnitus ou acúfeno, é uma percepção auditiva que não corresponde a um som real do ambiente. Trata-se de um sintoma e não de uma doença, que pode vir acompanhada da redução da audição, principalmente em decorrência do envelhecimento.

Quando acontece

Ele é consequência de alterações em alguma estrutura da via auditiva. Entre elas destacam-se o acúmulo de cerúmen no canal do ouvido (orelha externa), as infecções, doenças do labirinto e exposição a sons intensos. Um exemplo típico são os shows de rock: logo após um espetáculo desse tipo, as pessoas podem sentir um zumbido, além de apresentar dificuldade para ouvir. Se os sintomas persistirem é necessário procurar ajuda médica. Outra causa comum é o consumo de altas doses de medicamentos que podem ser tóxicos para o ouvido interno: anti-inflamatórios, não-esteroides, ácidos acetilsalicílicos (aspirina), alguns diuréticos e antibióticos, quinino  e drogas similares, bem como a quimioterapia. O sintoma também se relaciona ao diabetes, pressão alta, alterações da coluna cervical, disfunções da articulação temporomandibular (aTM), ansiedade e até depressão. Consumo excessivo de açúcares ou cafeína gera ou agrava o problema em alguns pacientes. Carência de vitamina B12 e doenças que aumentam a pressão sanguínea (hipertiroidismo) ou diminuem a viscosidade do sangue (anemia) estão relacionadas ao zumbido pulsátil.

Diversos tipos

Os mais comuns podem representar o badalar dos sinos, rugidos, o som de um grilo, apitos, assobios, chuva, motor, panela de pressão, abelhas, sons musicais etc., que são identificados em um ou nos dois ouvidos e até na cabeça. Há pacientes que são capazes de ouvir mais de um tipo de tinido ao mesmo tempo; outros, ouvem uma conversa que ninguém mais é capaz de ouvir. Nesses casos, os especialistas dizem que não se trata de um zumbido, mas de uma alucinação auditiva. Outro tipo é o pulsátil, quando a pessoa consegue ouvir as batidas do seu próprio coração.

Como é feito o diagnóstico

Quem possui o sintoma deve procurar a ajuda de um otorrinolaringologista. O especialista fará uma série de perguntas sobre a saúde geral e auditiva do paciente e, dependendo da suspeita, solicitará exames de sangue e de imagem (radiografias, tomografias etc.), assim como uma audiometria, para saber como está a audição do paciente, ou uma avaliação otoneurológica, para observar a audição e o labirinto. Testes oftalmológicos poderão ser requisitados, já que o zumbido é um sintoma de uma doença chamada papiledema (inchaço do nervo óptico). Munido de todas essas informações, o médico estará em condições de diagnosticar sua(s) verdadeira(s) causa(s).

Você pode se prevenir

E a melhor forma de fazê-lo é mantendo uma alimentação saudável e equilibrada, praticando exercícios físicos moderados e combatendo o estresse. A essas condutas some a providência de evitar exposição a sons intensos. Limitar o consumo de sal e cafeína, assim como outros estimulantes (chá e refrigerantes do tipo cola) e chocolate, é aconselhável. A restrição ao sal se refere a uma doença denominada Menière, caracterizada pelo acúmulo de líquido em uma parte do labirinto, o que causaria tinido. A cafeína e  substâncias similares estão relacionadas ao aumento do sintoma, embora ainda não se saiba de que forma ela atua para isso.

Há cura?

Uma vez identificada a causa, e se ela estiver ligada a uma doença ou alteração tratável, a terapia adequada eliminará completamente o zumbido. Contudo, pode não ser possível livrar-se dele totalmente. Em alguns casos, não há cura, como quando o sintoma é decorrente da perda auditiva induzida por ruídos. Outra hipótese é que, apesar dos esforços clínicos, não se encontre a razão por que ele se manifesta. A boa notícia: mesmo para esses pacientes há tratamentos, medicamentosos e terapêuticos, que minimizam o desconforto. Outra condição positiva é que não é comum a piora do zumbido ao longo do tempo. Na maioria dos casos ele ficará estável, tendendo a ser cada vez menos percebido. Soluções cirúrgicas podem ser indicadas, mas são raras.

Conselhos do especialista

Na hora da consulta médica, aproveite para tirar todas as suas dúvidas. O paciente precisa entender exatamente o que está acontecendo com sua audição e por que tem o zumbido: só assim ficará mais tranquilo e pouco a pouco deixará de monitorá-lo, aumentando a chance de deixar de percebê-lo com tanta clareza e frequência.
Pessoas com zumbido devem evitar locais silenciosos, onde o som se destaca e incomoda.
Evite o uso de protetores auditivos: eles só devem ser usados em locais com ruído excessivo
Se houver perda auditiva e zumbido, renda-se ao aparelho auditivo: seu uso diminui o tinido.
Quem sofre com depressão e ansiedade tem chances de ter seu quadro agravado pelo zumbido. Nesses casos, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ajudar.



Tem dores na Articulação Temporo-Mandibular? Conheça o Guia de Exercícios para Disfunções Temporomandibulares que foi criado para aqueles que sentem dores na face, dores nos maxilares, cansaço nos maxilares ao falar ou mastigar, ruídos nos maxilares, limitação de abertura de boca, dores no ouvido, dores na cabeça, zumbido, dores no pescoço. Clique aqui

Gostou o texto? Nos siga nas redes sociais: Instagram, Facebook e Twitter

Quer anunciar neste blog?
Mande uma mensagem no Whatsapp clicando aqui

Quer sugerir uma pauta?
Mande uma mensagem no Whatsapp clicando aqui ou um email clicando aqui

Poste um Comentário

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.