Má oclusão e seus efeitos na articulação












Um termo largamente empregado na Odontologia, que representa muito no sistema boca, alvo freqüente de perguntas sobre o seu significado, é a palavra ‘oclusão’.
Oclusão é o ato, o fechamento, o contato entre os dentes superiores e inferiores. A oclusão normal é o relacionamento ou o encaixe correto entre os dentes da arcada superior e os dentes da arcada inferior. Assim, o normal, o desejável é que a arcada superior se relacione com a arcada inferior, num sistema de encaixe perfeito, poderíamos dizer, funcionando como um tipo de engrenagem ou endentação, que é sinônimo de entrosamento. Em outras palavras, os dentes de cima devem estar bem entrosados com os de baixo, para que a oclusão seja considerada normal e equilibrada.

O defeito na oclusão
Maloclusão é qualquer desvio do relacionamento normal, do encaixe correto entre os dentes, que pode se instalar desde a fase em que a criança é um bebê, vale dizer: a grande maioria dos desvios do sistema mastigatório tem origem no primeiro ano de vida, na fase em que nascem ou irrompem os dentes de leite, época em que já se encontra um grande número de crianças com este tipo de problema.
Prova disso, é que a maloclusão é o terceiro maior problema de saúde bucal apontado já no ano de 1955 pela OMS -Organização Mundial de Saúde.
Pode a maloclusão ter um componente limitante tanto na estética quanto na saúde física. Do ponto de vista da saúde, os danos podem ser severos, predispondo o indivíduo a problemas na articulação têmporo-mandibular – conhecida por ATM, desvios de postura e problemas periodontais, ou seja, problemas na região onde se inserem os dentes: gengiva, osso alveolar e fibras, que fazem a sua ligação.
Observa-se um significativo número de pessoas com problemas de dor de cabeça, comprometimento da audição, desconforto na coluna vertebral afecções que, muitas vezes, estão relacionadas a uma interferência na oclusão, por má posição dentária e, conseqüentemente, por um relacionamento defeituoso entre os dentes.

ATM: rodando no macio
A articulação têmporo-mandibular é composta pelas estruturas que fazem a ligação entre a mandíbula e o crânio. É ela que permite que a boca se abra, se feche, enfim, que realize suas funções, que possa executar todos os movimentos, como falar e mastigar. Interessante é que existe a ATM esquerda e a ATM direita, situadas em cada lado da cabeça, e funcionando como se fossem dois joelhos: a diferença é que cada joelho pode ter movimento próprio, diverso do outro, já a ATM tem que funcionar em uníssono: quando a articulação do lado direito se abre a do esquerdo também, quando se fecha, idem. Assim, é a única articulação do corpo que funciona ao mesmo tempo e, até por esse motivo, deve funcionar de forma sincronizada, trabalhando com equilíbrio neuromuscular.
Entre o osso da mandíbula e o do crânio existe um disco que funciona como uma “almofadinha” a acolchoar os ossos, para que, quando dos movimentos, não fiquem raspando um no outro.

Do clic ao crec
Quando ocorre uma falta de coordenação do disco articular, essa almofadinha não cumpre o seu papel e surge uma disfunção da ATM. Nesse caso, ela pode produzir alguns ruídos articulares, como um “clic”. Trata-se de um ruído de curta duração, conhecido como estalido articular.
Num estágio mais avançado, esse estalido pode evoluir para um outro ruído, mais acentuado, parecido com um “crec”. É o som de duas superfícies ósseas em contato, significando que o disco está perfurado e não está conseguindo acompanhar o movimento. Daí o barulho começa a incomodar a mastigação, o bocejo a até a fala.
O desequilíbrio da oclusão leva ao desequilíbrio neuromuscular. Quando o problema persiste, ultrapassando os limites de adaptação defensiva, além da disfunção ao nível de ATM e muscular, poderão surgir dores de cabeça, do pescoço, do ouvido, na região supra-orbitária e na região cervical.
Existe uma reciprocidade entre oclusão dentária, ATM, coluna vertebral, ouvido, sendo que o mecanismo que altere um desses sistemas poderá ocasionar uma deficiência no funcionamento dos outros.
Para a harmonia do conjunto craniofacial, faz-se fundamental o perfeito equilíbrio entre oclusão dentária e o sistema neuromuscular.



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